segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Era uma vez a internet

O papel da internet consegue ir cada vez mais além. Desde seu início, foi vista como uma inovação sem precedentes. Mas isso não foi ponto final. A web tem a capacidade de ser reinventada continuamente. Experimente passar as férias hibernando, e ela certamente não será mais a mesma quando vc voltar ao mundo.
Arctic Monkeys iniciou disponibilizando suas primeiras músicas para download e se tornou fenômeno mundial. Radiohead deu um passo adiante na eterna briga entre bandas, gravadoras, e programas P2P, ao disponibilizar o novo cd para download pela quantia que o consumidor se propusesse a pagar. Celebridades adotam o blog para, na maior parte dos casos, divulgarem seus trabalhos junto aos fãs. E por aí vai. E como vai. Entretanto, isso ainda não basta para explicar a função social da internet.
Sim, é clichê master afirmar que a internet trouxe uma grande revolução tecnológica. No entanto, é preciso ressaltar, como fazem especialistas, que também trouxe uma revolução comportamental. A conectividade entre os usuários, o networking criado, a troca de informações. A web multiplica as possibilidades de seus usuários. E o melhor, a revolução pela qual internet passa apresenta um novo gerador de conteúdo: o consumidor.
Messenger, Blogs, Fotologs, Podcasts, Orkut, MySpace, You Tube, Flickr, Twitter, Wikipedia, etc. A participação do usuário na elaboração do conteúdo da rede é cada vez mais significativa. Passa a ser responsável por novas mídias, nanomídias. A internet 2.0 é a maior das tendências que se vê hoje. E as empresas têm rapidamente ajustado sua comunicação para a nova realidade.
2007 marcou a consolidação do marketing viral. Seu próprio uso se espalhou como um vírus. Cada vez mais campanhas utilizam a idéia de ter o conteúdo criado pelo próprio consumidor. Blogs passaram a ser vistos como poderosos meios de comunicação, uma vez que são formadores de opinião, que tendem a concentrar usuários de perfil semelhante, pertencentes à mesma tribo. E, assim sendo, passaram a ser visados por empresas, especialmente pela publicidade indireta que fazem, gerando goodwill junto aos leitores.
Da mesma forma que essa conectividade pode ser uma oportunidade maravilhosa para as empresas, também é uma boa forma de comprometer a imagem de uma marca. O Wikipedia é um bom termômetro. Pesquise sobre sua empresa na enciclopédia e torça para que a definição seja boa. Se não for, algo precisa ser feito para recuperar sua imagem. Se não houver sequer definição, então a empresa está em maus lençóis. Mas a situação pode ser ainda mais critica. Um grupo insatisfeito de consumidores tem hoje condições de instantaneamente ameaçar a imagem da marca.
Pegue por exemplo o caso recente do Submarino.com. As compras online são cada vez mais seguras e práticas. Natural, então, que aumente o e-commerce, especialmente na época de natal. O porém é que o Submarino.com teve problemas com a alta demanda e várias entregas foram feitas depois da data prometida, fazendo várias vítimas. Abaixo, um ótimo resumo do caso, encontrado no www.acheme7.com.br:
Arctic Monkeys iniciou disponibilizando suas primeiras músicas para download e se tornou fenômeno mundial. Radiohead deu um passo adiante na eterna briga entre bandas, gravadoras, e programas P2P, ao disponibilizar o novo cd para download pela quantia que o consumidor se propusesse a pagar. Celebridades adotam o blog para, na maior parte dos casos, divulgarem seus trabalhos junto aos fãs. E por aí vai. E como vai. Entretanto, isso ainda não basta para explicar a função social da internet.
Sim, é clichê master afirmar que a internet trouxe uma grande revolução tecnológica. No entanto, é preciso ressaltar, como fazem especialistas, que também trouxe uma revolução comportamental. A conectividade entre os usuários, o networking criado, a troca de informações. A web multiplica as possibilidades de seus usuários. E o melhor, a revolução pela qual internet passa apresenta um novo gerador de conteúdo: o consumidor.
Messenger, Blogs, Fotologs, Podcasts, Orkut, MySpace, You Tube, Flickr, Twitter, Wikipedia, etc. A participação do usuário na elaboração do conteúdo da rede é cada vez mais significativa. Passa a ser responsável por novas mídias, nanomídias. A internet 2.0 é a maior das tendências que se vê hoje. E as empresas têm rapidamente ajustado sua comunicação para a nova realidade.
2007 marcou a consolidação do marketing viral. Seu próprio uso se espalhou como um vírus. Cada vez mais campanhas utilizam a idéia de ter o conteúdo criado pelo próprio consumidor. Blogs passaram a ser vistos como poderosos meios de comunicação, uma vez que são formadores de opinião, que tendem a concentrar usuários de perfil semelhante, pertencentes à mesma tribo. E, assim sendo, passaram a ser visados por empresas, especialmente pela publicidade indireta que fazem, gerando goodwill junto aos leitores.
Da mesma forma que essa conectividade pode ser uma oportunidade maravilhosa para as empresas, também é uma boa forma de comprometer a imagem de uma marca. O Wikipedia é um bom termômetro. Pesquise sobre sua empresa na enciclopédia e torça para que a definição seja boa. Se não for, algo precisa ser feito para recuperar sua imagem. Se não houver sequer definição, então a empresa está em maus lençóis. Mas a situação pode ser ainda mais critica. Um grupo insatisfeito de consumidores tem hoje condições de instantaneamente ameaçar a imagem da marca.
Pegue por exemplo o caso recente do Submarino.com. As compras online são cada vez mais seguras e práticas. Natural, então, que aumente o e-commerce, especialmente na época de natal. O porém é que o Submarino.com teve problemas com a alta demanda e várias entregas foram feitas depois da data prometida, fazendo várias vítimas. Abaixo, um ótimo resumo do caso, encontrado no www.acheme7.com.br:
Uma das vítimas foi o empresário Rodrigo Pimentel Teixeira, que no dia 6 de dezembro comprou um DVD Player para presentear um familiar. Segundo ele, sob promessa de entrega garantida em três dias úteis. No entanto, até quinta-feira, dia 27, não havia recebido o produto, apesar de ter dado vários telefonemas e enviado e-mails para a empresa.
Após vários contatos mal sucedidos, Rodrigou resolveu criar o blog Submarino Nunca Mais e uma comunidade no ORKUT, com o mesmo nome. Em apenas 3 dias, o blog recebeu cerca de 10.000 visitas e mais de 250 comentários de outros clientes que tiveram problemas parecidos no mesmo site ou nos outros sites do grupo B2W. O objetivo do blog é colher assinaturas para um abaixo assinado, que será encaminhado à Câmara dos Deputados, pedindo à criação de instrumentos que protejam o consumidor online. Além disso, Rodrigo pretende montar um dossiê com todas as reclamações recebidas. Segundo ele, o dossiê terá as seguintes finalidades:
1) Chegará às mãos do principais controladores da B2W
2) Será enviado, via sedex, para os principais jornais, redes de tv e revistas brasileiros e alguns internacionais
3) Será enviado, via sedex, para as corretoras de valores que operam na Bolsa de Valores de São Paulo como subsídio para avaliarem seus investimento, e de seus clientes, em ações BTOW3
4) Será enviado, via sedex, aos Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro
5) Será enviado, via sedex, a parlamentares de todos os partidos, além de autoridades do Governo Federal, como alerta aos danos causados aos consumidores por esses sites.
O jornal O Globo noticiou em seu site os problemas gerados pelo não cumprimento da entrega dentro do prazo, e citou o blog, numa matéria que já recebeu 150 comentários até o momento em que faço este post.
O Submarino não enviou ao blog e aos seus leitores nenhum tipo de esclarecimento ou pedido de desculpas. Respondeu apenas ao jornal O Globo que havia enviado o produto para a casa do cliente.
Este ano certamente marcará uma expansão ainda maior da web 2.0. Os Jogos Olímpicos de Pequim poderão ser o primeiro evento dessa magnitude a explorar grandes oportunidades de nanomídia, como forma de divulgação do trabalho não só de atletas e confederações, mas de patrocinadores, fornecedores, como ferramenta de marketing. Gerará oportunidade até mesmo de governos divulgarem seus investimentos para a melhoria das condições da prática de esportes. Ou seja, marketing político. Parece algo que o governo Lula faria, não?
Para encerrar, uma curiosidade interessante: vc sabia que Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil, recentemente estreou seu próprio blog? Disponível somente para o público interno, por enquanto. O que se trata de uma tendência dos CEOs desse mundo afora. Claro que ele ainda está em fase de aprendizado, como o próprio afirma. Essa certamente vai pro repertório de conversa de bar. Ou pra conversa de núcleo nerd. Tanto faz.
Este ano certamente marcará uma expansão ainda maior da web 2.0. Os Jogos Olímpicos de Pequim poderão ser o primeiro evento dessa magnitude a explorar grandes oportunidades de nanomídia, como forma de divulgação do trabalho não só de atletas e confederações, mas de patrocinadores, fornecedores, como ferramenta de marketing. Gerará oportunidade até mesmo de governos divulgarem seus investimentos para a melhoria das condições da prática de esportes. Ou seja, marketing político. Parece algo que o governo Lula faria, não?
Para encerrar, uma curiosidade interessante: vc sabia que Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil, recentemente estreou seu próprio blog? Disponível somente para o público interno, por enquanto. O que se trata de uma tendência dos CEOs desse mundo afora. Claro que ele ainda está em fase de aprendizado, como o próprio afirma. Essa certamente vai pro repertório de conversa de bar. Ou pra conversa de núcleo nerd. Tanto faz.
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